
Foi trabalhado nas turmas da professora Maysa nesta semana “Formação das Palavras”. Foram pesquisadas, analisadas e discutidas as palavras e sua formação.
ESTUDO DO VERBO
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocábulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologismos) e outros mudam de significado com o passar do tempo.
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das palavras encontramos a seguinte divisão:
palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor)
palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha)
palavras simples - só possuem um radical (couve, flor)
palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, aguardente)
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes processos de formação:
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radicais. São dois tipos de composição.
justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, sexta-feira);
aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de elementos (pernalta, de perna + alta).
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o acréscimo de afixos. São cinco tipos de derivação.
prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil);
sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente);
parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, à palavra primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva;
regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda / de ajudar);
imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva ("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio a comum).
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros processos para formação de palavras, como:
Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo, grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alcoômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino / sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego);
Onomatopéia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zunzum, miau);
Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua compreensão (metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.)
Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma seqüência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)
Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou para palavras que adquirem um novo significado.
VERBOS
a) Dos verbos de processo fazem parte os verbos meteorológicos (chover, nevar), os de atividade física (chorar, dançar) e os verbos de movimento (correr, nadar). Estes verbos exprimem sempre eventos durativos, como é o caso de amanhecer, envelhecer, gotejar, perseguir, etc.
b) Quanto aos processos de formação de palavras, na língua portuguesa estes podem ser:
afixação, que compreende a derivação (ex.: realiza(r) + vel > realizável), a derivação parassintética (ex.: es + braç(o) + ejar > esbracejar) e a conversão (ex.: chorar–verbo > chorar–nome);
modificação, que compreende a sufixação avaliativa (ex.: livr(o) + inho > livrinho) e a prefixação (ex.: in + justo > injusto; pré-aviso);
composição morfológica, que compreende as estruturas de modificação (ex.: cali + grafia > caligrafia) e as estruturas de coordenação (ex.: luso-brasileiro);
composição morfo-sintática, que compreende a justaposição e a aglutinação (ex.: pontapé, artimanha), as estruturas de adjunção (ex.: homem-aranha, governos-sombra); estruturas de conjunção (ex.: trabalhador-estudante) e estruturas de reanálise (ex.: abre-latas).
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